sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fins e começos

        Fins e começos
              Nem sempre é fácil aceitar esse vai e vem

Não sei você, mas eu adoro o começo das coisas. De namoro, de amizade, de um livro, de um chocolate, de um curso legal (não de um curso chato, né! Dã). Que delícia aquele frio na barriga, no caso do namoro, ou do sabor do primeiro quadradinho, no caso do chocolate! Já os fins não costumam ser tão dinâmicos.
O chocolate acabou, o livro incrível chegou ao fim e, pior ainda, a amizade e o namoro também. E aí a gente pode se sentir meio sem rumo. O que vamos fazer quando o período do colégio acabar? E quando o curso na faculdade terminar? E o que faço quando envelhecer e perder minha beleza? E quando meu peixinho dourado morrer? Aaaah!
Realmente, os fins estão aí, não há como negar ( quer dizer a gente pode negar, mas eles estão aí!). E, ás vezes, são difíceis. Fim de namoro, por exemplo. No fundo, a gente sabe que quando está deixando de gostar de alguém, vai. Ou quando alguém está parando de gostar da gente. Mesmo assim, nem sempre deixamos aquela história ir embora. Eu me lembro de quando eu tinha 17 anos e um namoro de três. Eu estava louca para terminar, mas, ao mesmo tempo, não aceitava isso.
Preferi insistir por mais alguns meses, num negócio que eu já sabia que tinha acabado, só por causa dessa coisa que a gente tem com o tan tan taaan....Fim. Além do medo que vinha pela frente, eu não me conformava com o fato de um sentimento tão fote (era forte, ok? ) ter ido embora. Tipo, porque ele estava fazendo isso? Quem ele pensava que era? Argh!
Fim de amizade também é complexo. Por um lado, você não tem que marcar uma conversa para terminar. Mas, por outro... É triste perceber que não sente mais falta daquela amiga quando está longe ou daquela garota que era tão querida e admirada por você agora te irrita. Claro, sempre pode ser só uma fase, mas às vezes não é. Tem amizades que a gente penssava que fossem durar para sempre, mas vão esfriando cada vez mais. Aí a gente da um jeito, vai se distanciando aos poucos, torcendo para que tudo volte a ser como era antes, mas não volta. Porque, mesmo que você e sua amiga se reaproximem, não vai ser como antes: nada é como antes. Ai, quase chorei agora, juro! Acho que vou criar no Orkut a comunidade “colunistas descontroladas”.
Bom: como você já deve ter percebido, a gente muda muito ao longo dos anos: além do nosso cabelo e das nossas roupas, mudam nossos sentimentos, nosso modo de ver as coisas, nossa experiência.
As circunstâncias e as pessoas ao nosso redor se alteram também. Como diria a minha avó, até uva passa! Ai, péssima, né? Mas continuando. Sem querer ser autoritária, nem nada, é assim que as coisas são, independente da nossa vontade: elas acabam, começam.
Se não aceitarmos isso, vamos prolongar o sofrimento por situações e pessoas que não fazem mais sentido pra gente. E, pior, podemos fechar os olhos para o novo, afinal, também faz parte da vida, e é tão gostoso. Sem querer pagar de uma onda no mar, umas coisas vêm e outras vão e, se a gente não precisar dar pulinhos de alegria quando vão, também não precisa espernear, só um pouco. Afinal, que preconceito, né! Espernear um pouquinho também faz parte da vida.

Creditos à: Liliane Prata

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